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Saúde emocional dos profissionais de diversidade

O tema saúde emocional no trabalho já foi pauta em vários artigos por aqui. Sabemos que alta rotatividade, desmotivação, absenteísmo e falta de engajamento, por exemplo, são sinais de que algo não está indo bem no ambiente laboral. A longo prazo, a empresa pode ter na equipe colaboradores adoecidos e, claro, não é esse o objetivo.

Trabalhar na prevenção, sim, é a meta. Se, hoje, de acordo com a Isma-BR, a cada 10 trabalhadores, 90% sofrem hoje com algum tipo de ansiedade e quase 50% têm algum grau de depressão, o que podemos fazer para mudar o índice? 

Bom, um caminho é pensar também na inclusão e na saúde emocional dos profissionais de diversidade. Preconceito, falta de apoio, desgaste mental, medo, frustração e outros tipos de discriminação no ambiente de trabalho são pontos que podem levar os grupos minorizados ao desenvolvimento de transtornos emocionais.

E é aí que vale lembrar que as organizações também são responsáveis pelo bem-estar físico e emocional de sua equipe. Portanto, é essencial que as empresas desenvolvam estratégias para criar locais de trabalho saudáveis, cooperativos e inclusivos. 

Saúde emocional e diversidade

É fato que a saúde emocional no trabalho ocupa uma posição central nas pautas empresariais. É preciso levar em conta que se trata de um tópico que pode fazer com que uma organização se torne mais eficiente e produtiva. Isso porque possibilita um ambiente de trabalho saudável.

Inclusive, uma pesquisa feita pela Mind Share Partners nos Estados Unidos mostra que profissionais que pertencem a grupos minorizados tendem a lidar com mais  sintomas de transtornos mentais do que seus colegas. Ou seja, eles estão mais propensos a sair de um emprego por adoecimento mental, como o Burnout. O estudo relata que é inegável que quem sofre preconceito e discriminação tem mais propensão a desenvolver transtornos mentais.

Por isso, é imprescindível que a empresa comece a adotar um ambiente plural, investindo em inclusão social de forma a construir um quadro de trabalhadores que tenha como característica a diversidade. Um local de trabalho que não valoriza e não preza pela diversidade, bem como a sustentabilidade (que foi tema nosso aqui), acaba isolando as minorias, que, por sua vez, se sentem diferentes e deslocadas. Uma das consequências é a queda da produtividade.

Dados sobre profissionais que trabalham com diversidade, equidade e inclusão

Mesmo havendo um aumento da demanda por colaboradores que atuem à frente da diversidade, equidade e inclusão nas organizações, é comum ouvirmos relatos que dizem dos desafios que podem trazer impactos à saúde mental dos profissionais da área.

Pensando nisso, a Tree Consultoria e Educação em Diversidade e Inclusão lançou uma pesquisa anônima sobre como anda a saúde emocional dos profissionais desse setor de diversidade. No total, foram computadas 276 respostas.

O que chamou a atenção foi que quase 35% dos entrevistados disseram que a saúde emocional piorou desde que assumiram a função de diversidade nas empresas. E isso nos leva a uma reflexão sobre o que tem levado a essa piora? Um dos pontos é a preocupação com a segurança física e psicológica no trabalho, de acordo com 51,35% dos respondentes. Isso sendo que a grande maioria também sente o nível de energia baixo depois de um dia de trabalho.

Uma outra pesquisa, dessa vez da  Mckinsey & Company, evidenciou que minorias, como mulheres, pretos, LGBTQIA+, pessoas com deficiência, enfrentam desafios devido à ausência de proporcionalidade de oportunidades, menor remuneração e representatividade, entre outros. Por exemplo, pessoas transexuais, nem sempre encontram as portas abertas para ocupar uma vaga de emprego, sendo o medo ainda muito grande. Diante de todo esse contexto,  como manter a saúde mental equilibrada?

O que as empresas podem fazer em prol da saúde emocional das minorias?

Primeiramente, é preciso entender que as minorias frequentemente lidam com a falta de representação, microagressões, preconceito inconsciente e outros estressores. Esses afetam sua saúde emocional e segurança psicológica no trabalho. Isso significa que as ações que apoiam a diversidade, a inclusão e o senso de pertencimento também precisam apoiar a saúde mental e vice-versa. 

Isso porque estar em um local plural gera bem-estar e faz com que o colaborador se sinta acolhido, sobretudo quando ele se vê como uma pessoa de minoria social. Veja o que a empresa pode fazer em prol da diversidade:

Criar cultura de humanização para saúde emocional

Ter no time líderes capacitados e comprometidos a gerar resultados através de pessoas faz toda a diferença. O líder humanizado tem consciência de que as pessoas são os recursos mais valiosos da empresa, então, enxerga os colaboradores de forma humana e empática. 

Da mesma forma, entende que diferentes grupos passam por situações de vulnerabilidades distintas no ambiente de trabalho e fora deles e, por isso, o apoio não é um privilégio, mas uma questão de empatia.

Criar um ambiente heterogêneo

É comum vermos pessoas anulando a si mesmas para se encaixarem em um certo padrão. Essa busca por aceitação pode causar problemas de saúde emocional no trabalho, como a ansiedade e a depressão.

Quando uma organização se preocupa em promover diversidade e inclusão compondo um time heterogêneo, ela mostra para seus profissionais que todos são bem acolhidos naquele espaço, independentemente das suas singularidades. Quando não existe espaço para julgamentos ou conflitos e todos são tratados com respeito, temos um clima organizacional mais harmônico e produtivo.

Realizar programas de conscientização

Do cargo mais simples até a alta liderança: todos os colaboradores devem estar cientes da importância da diversidade. A empresa pode ter essa iniciativa por meio de comitês, processos seletivos abertos para profissionais com perfis diferentes, programas de treinamento, planos de carreira e benefícios inclusivos etc. 

Também é crucial o incentivo a buscar informações e disseminá-las em seus ambientes fora do contexto laboral. Há, ainda, a possibilidade de criação de um manual de conduta, bem como canais de denúncia.

Criar ambiente psicologicamente seguro

Essa iniciativa transcende as ações mais típicas de diversidade, garantindo que todos os colaboradores se sintam seguros ao trazer o seu “verdadeiro self” para o trabalho, sem ter de disfarçar qualquer parte de sua identidade, pensamentos ou emoções por medo de consequências negativas.

Desenvolver políticas internas

Criar políticas que contribuam para promover diversidade e inclusão, como ações em datas especiais, como orgulho LGBT, Consciência Negra e Dia das Mulheres, além de promover a conscientização dos próprios profissionais para que eles não se envolvam em situações discriminatórias.

Terapia organizacional voltada para a diversidade

A experiência de conviver com um transtorno psicológico é diferente para cada grupo. O contexto afeta o modo como as pessoas conversam sobre saúde emocional e lidam com problemas de origem psicológica. Sabendo disso, o psicólogo organizacional vai auxiliar os colaboradores a encontrarem soluções para problemas relacionados ao trabalho. Isso sem deixar de considerar a sua individualidade, habilidades e experiências de vida.

Contar com uma ferramenta que entende pessoas

É interessante que a organização conte com uma ferramenta que possa entender pessoas e sua relação com o trabalho. Assim, ela poderá analisar como está a saúde emocional da equipe. Testes de personalidade, por exemplo, trazem indicadores específicos para avaliar a saúde mental, tanto individual quanto de um grupo. 

Por fim, vale dizer que criar um time diverso é uma estratégia para a própria empresa, que enriquece seu quadro de profissionais com diversas formas de pensar, visões de mundo e experiências. Ao mesmo tempo, a inclusão é uma maneira de cuidar da saúde mental das pessoas que pertencem a grupos mais vulneráveis.

Veja como a MAPA te ajuda a cuidar da saúde emocional da equipe

Por meio do teste de personalidade MAPA, a nossa empresa é capaz de avaliar taxas de estresse e ansiedade de forma contextualizada, de forma a entender quais aspectos estão alterados no colaborador para obter informações-chave para a promoção de medidas preventivas.  

A avaliação das características pessoais, por exemplo, nos permite analisar pontos de vulnerabilidade. Assim como pontos de força e possíveis mecanismos de estratégia e suporte que cada um possui para lidar com as adversidades e os obstáculos na vida diária.

Por fim, todos esses dados podem ser usados de forma a fundamentar e a justificar a implantação de políticas de cuidado, prevenção e promoção à saúde emocional no trabalho.

SAIBA MAIS AQUI!

Wanessa Viegas

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