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Saúde emocional: não ignore os rinocerontes da sua empresa

Entenda quando a saúde emocional do seu colaborador está pedindo socorro

Estamos em 2022. Fazendo uma reflexão rápida, é possível dizer que, diariamente, vivemos acontecimentos que podem marcar uma geração ou, até mesmo, várias. A pandemia do Covid-19, que chegou ao Brasil há dois anos, é a prova viva de que, por vezes, somos negligentes e despreparados frente a situações graves e de sérias proporções.

Com a nossa cultura do acomodamento, acabamos por minimizar catástrofes iminentes. É como se não quiséssemos enxergar o que está a um palmo do nosso nariz. No universo corporativo, isso também acontece. 

Exemplo disso é o adoecimento mental. Quantas vezes teimamos em não ver uma situação que estava bem na nossa cara? E, assim, deixamos de agir na hora certa, o tempo passa e aí…tarde demais.

No artigo de hoje, vamos discorrer sobre o livro “O rinoceronte cinza: como reconhecer e agir diante dos perigos óbvios que ignoramos”, da autora Michele Wucker. O colaborador, muitas vezes, dá sinais de que a sua saúde emocional está abalada. Porém, como identificar? É possível criar estratégias com foco na prevenção?

Continue a leitura para saber mais!

Aproveite e veja também: SAÚDE MENTAL X ACIDENTES DE TRABALHO | Qual Custo De Não Ter Um Programa De Prevenção?

O rinoceronte cinza

O que seria um rinoceronte cinza? Para a autora, ele significa uma ameaça altamente provável, de altíssimo impacto, contudo, negligenciada. Para ela, os rinocerontes não são surpresas aleatórias, mas surgem depois de uma série de avisos constantes e evidências bastante visíveis.

A escritora cita exemplos clássicos, como o estouro da bolha imobiliária em 2008, as consequências devastadoras do furacão Katrina, bem como as tecnologias e novas práticas (já ouviu falar das políticas ESG?) que vêm transformando o mundo BANI no qual vivemos.

Todos esses exemplos, para ela, eram evidentes. A questão é: por que os líderes e tomadores de decisão continuam deixando de abordar os perigos óbvios antes que eles fujam ao controle? Por que não reconhecer e combater, de forma estratégica, as ameaças que nos circundam?

Em resumo, a obra fala de eventos de impacto gigantescos que podem estar sendo percebidos ou não, mas que, muitas vezes, são tratados sem a precaução necessária.  Dessa maneira, é um conteúdo bem interessante para empresários, investidores, planejadores, formuladores de políticas e qualquer pessoa que queira entender como lucrar evitando malefícios, que, inclusive, podem ser emocionais.

Confira: Qual é o papel do psicólogo nas políticas de ESG?

Burnout: um rinoceronte cinza no âmbito corporativo

No trabalho, é comum vermos empresas que não dão a devida importância para saúde emocional dos funcionários. Entretanto, por vezes, o colaborador dá sinais: começa a faltar, pegar atestados, apresentar ansiedade/estresse, a produtividade cai, a motivação não é a mesma. Porém, em muitos casos, nada é feito, mesmo que a organização também saia perdendo.

Inclusive, os custos com transtornos emocionais, como depressão e ansiedade, somam US $1 trilhão à economia global por ano. A Isma-BR, por exemplo, relata que nove em cada dez trabalhadores brasileiros apresentam algum sintoma de ansiedade.

Nesse sentido, ignorar a importância da saúde emocional – como os sentimentos, emoções e comportamentos – é continuar perdendo bons profissionais, ter desfalques em projetos relevantes e ter perdas financeiras. Muitas organizações não dão créditos aos problemas atrelados à saúde mental por não serem palpáveis. Olha-se muito para a produtividade e para os resultados, deixando de lado o olhar empático para o funcionário.

E aí, além do turnover e do absenteísmo, um problema maior pode vir à tona: o Burnout. Sensação de esgotamento, sentimentos negativos no trabalho e eficácia reduzida são alguns dos sintomas desse fenômeno ocupacional, caracterizado como um estresse crônico de trabalho que não foi administrado com sucesso. 

Para se ter uma ideia da gravidade dessa condição, uma pesquisa mostrou que o Brasil fica atrás somente do Japão, com 70% da população atingida pelo Burnout. Sabendo disso, podemos até utilizar a metáfora do rinoceronte cinza para quem sofre com esse distúrbio: é como se um rinoceronte gigantesco entrasse na sala, massacrando o envolvido com suas patas.

Diante disso, o que fazer para prevenir distúrbios emocionais como esse? Quais são os sinais de que algo não está indo bem?

Sinais de adoecimento emocional e consequências para a empresa

Quando uma pessoa começa a trabalhar além dos seus limites, sob pressão, com metas inatingíveis ou outros problemas, alguns sintomas vêm à tona. No Burnout, por exemplo, encontramos exaustão, aumento do distanciamento mental do trabalho e sentimentos de negativismo ou cinismo. É preciso agir quando vir alguém nessas condições. Afinal, a pessoa pode estar à beira de um colapso físico e mental.

Veja mais sinais de adoecimento mental, principalmente no trabalho:

  • Exaustão física e mental;
  • Problemas para dormir;
  • Fracasso e insegurança;
  • Alterações no apetite;
  • Dificuldade para concentrar;
  • Mudança de humor;
  • Dores nos músculos;
  • Dor de cabeça;
  • Isolamento;
  • Ansiedade;
  • Problemas gastrointestinais etc.

É preciso ter cuidado porque, na verdade, os sintomas são tanto físicos quanto psicológicos. Eles vão de gastrite a angústia, de hipertensão até pensamentos suicidas. 

Tendo essa ciência, vale ficar atento às estratégias da empresa. A organização reconhece o trabalho dos profissionais? Tem um regime de recompensa? As metas são atingíveis? Além disso, os gestores agem com princípios de justiça, a comunicação é clara e os valores bem definidos?

O que fazer?

É preciso ficar de olhos abertos e observar se o trabalhador é afastado por motivos de saúde com frequência. Vale a pena atentar-se também àquele que apresenta queda de produção, sofre com desatenção ou parece estar somente de “corpo presente”. 

Isso porque as consequências da falta de investimento em saúde mental podem ser imensas. Despesas médicas, turnover, absenteísmo e ações trabalhistas são apenas alguns exemplos. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), os transtornos mentais e comportamentais estão entre as principais causas de perdas de dias de trabalho no mundo. Os casos leves causam em média perda de quatro dias de trabalho/ano e os graves cerca de 200 dias de trabalho/ano.

Então, que tal prestar atenção nas ameaças altamente prováveis, como Michele bem posiciona em sua obra? Elas podem causar um impacto extremo, sendo assim, a dica é: não negligencie. Não deixe que perigos óbvios saiam no controle, compreenda o mundo real e formule um olhar para as situações à sua volta. Esteja atento aos acontecimentos, escute opiniões e se abra a novas ideias.

Você pode gostar ainda: E-Book Personalidade Saude-Mental E Pandemia Da Covid-19

Não ignore os rinocerontes, aposte na prevenção da saúde emocional

A dica é: não ignore os rinocerontes. Olhar para o bem-estar da equipe se mostra fundamental, principalmente neste momento pós-pandêmico. Além de transtornos como estresse, ansiedade e depressão, a falta de saúde emocional pode trazer problemas físicos como fadiga, dores de cabeça, hipertensão, doenças etc.

Sabendo disso, as empresas que se destacam no mercado hoje estão revendo políticas de horas trabalhadas, pressão sobre resultados e interação com a liderança. Mas como? Primeiramente, é possível incentivar a construção de bons hábitos, dentro e fora da organização. Isso inclui um estilo de vida mais saudável, com atividades físicas regulares, e dieta equilibrada. 

Práticas de qualidade de vida

Além disso, a organização pode trabalhar as questões emocionais da equipe. Isso pode ser feito, por exemplo, por meio de práticas de qualidade de vida. A empresa pode oferecer um bom ambiente laboral, realizar ações, como workshops e palestras, sobre saúde emocional, bem como criar programas para promover o bem-estar físico e mental. (Veja aqui a aula sobre saúde emocional que a MAPA realizou neste ano!)

Não menos importante, uma empresa que investe em ações de motivação tende a melhorar o clima organizacional e aumentar a produção e a qualidade do trabalho. Esses são recursos que fortalecem o engajamento e aumentam o sentimento de pertencimento ao grupo e a vontade de alcançar objetivos.

Nesse sentido, vale a pena reforçar pilares como trabalho em equipe, comunicação clara, reconhecimento profissional e desenvolvimento da confiança entre liderança e liderado. 

No mais, grandes empresas veem o quanto é essencial oferecer espaços para aliviar o estresse do profissional. E, por consequência, aumentar seu empenho e criatividade. Isso pode ser feito, por exemplo, por meio de atividades para relaxar. Por exemplo, ginástica e massagem laboral.

Por fim, a empresa pode revisar os processos de contratação de funcionários por meio da avaliação psicológica. Assim, poderá capacitá-los por meio de treinamentos específicos e gerais, melhorando a sua formação e aumentando a motivação. 

Acesse: 10 Atitudes Responsáveis Na Gestão De Saúde E Segurança Para A Sua Empresa

Avaliação psicológica para a manutenção da saúde emocional

A forma como as pessoas são geridas, a comunicação da empresa, os relacionamentos interpessoais, o diálogo com a liderança e outras questões contribuem para a melhora do ambiente físico, social e organizacional.

Para isso, nada melhor do que investir em soluções como a avaliação psicológica. Na MAPA, oferecemos às empresas o teste de personalidade MAPA, um instrumento que mostra como os sujeitos tendem a se comportar em situações distintas, sendo crucial no ambiente de trabalho. 

Teste de personalidade MAPA

A ferramenta avalia um conjunto de construtos organizadores da personalidade por meio de uma estrutura de fatores testada empiricamente no Brasil. Esses fatores estão diretamente relacionados a perfis de trabalho em empresas e incluem comportamentos de segurança, produtividade, relacionamento interpessoal e regulação emocional.

O MAPA avalia até 48 traços, trazendo uma profunda análise que pode auxiliar na tomada de decisões dentro da empresa, trabalhando para diminuir o índice de adoecimento mental, por exemplo, já que consegue perceber diversos traços no colaborador de forma contextualizada.

Ao conhecer as características de cada pessoa, a empresa se torna capaz de definir as estratégias de enfrentamento para garantir a manutenção da saúde mental. 

Confira: Avaliação psicológica: performance, desempenho e personalidade

Teste de personalidade MAPA para saúde emocional

O MAPA avalia fatores como estresse e ansiedade sem deixar de levar em conta o contexto. Assim, é possível entender quais aspectos estão alterados para obter informações para a promoção de medidas.  

A avaliação permite analisar pontos de vulnerabilidade e pontos de força, por exemplo. Analisa, ainda, possíveis mecanismos de estratégia e suporte que cada pessoa possui para lidar com as adversidades  da vida diária.

Investir na prevenção da saúde emocional é o melhor caminho a ser tomado pelas organizações, qualquer que seja a  área de atuação.

Venha conosco!

Wanessa Viegas

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